Bouquiniste é um termo em francês para designar um métier tipicamente parisiense. Tratá-se do comerciante que detém aquelas caixas de madeira ou metal verde escuro, à beira do Rio Sena, destinadas à venda de livros antigos, selos de coleção, cartazes de época, revistas, gravuras, mapas e souvenirs em geral.
Inscrito no patrimônio imaterial nacional da Unesco, esse comércio ao ar livre faz parte da cultura francesa e a sua prática data do século 16, quando foi reprimida por pressão das livrarias com medo da concorrência dos ambulantes.
As caixas verdes, às margens do Sena, guardam preciosidades como livros antigos, selos de coleções, gravuras, cartazes e lembranças de Paris.
Durante a Revolução Francesa, os bouquinistes se expandiram com a pilhagem das bibliotecas mantidas pela aristocracia e pela Igreja, e, mais tarde, foram reconhecidos legalmente como comerciantes públicos.
Atualmente, são aproximadamente 1 mil caixas fiscalizadas pela Prefeitura de Paris e administradas por 200 comerciantes em média, isentos de taxas e de aluguel. No entanto, existem regras a serem seguidas, como o funcionamento mínimo de quatro dias por semana, o limite de até quatro caixas por bouquiniste e a exploração de espaço de 8 metros.
Uma tradição parisiense, cada vez mais ameaçada pela internet, mas copiada por outros países como a China e o Japão.