Ao ‘deslizar’ pelas salas de exposição do Museu Orsay em Paris, você com certeza vai se deparar com ela, a bailarina de Edgar Degas (1834-1917), escultura de quase um metro retratando uma menina em trajes de dança, sobre uma base de madeira, protegida por uma redoma de vidro.

 

A réplica em bronze da “Petite danseuse de quatorze ans”, em português a pequena dançarina de 14 anos, foi produzida entre 1921 e 1931, após a morte do artista francês. A bailarina original, feita em cera, foi propriedade de Degas até sua morte. Atualmente, faz parte do acervo da National Gallery of Art, em Washington.

Por ser considerada sua obra mais famosa, e impactante, ganhou cópias a partir de um molde original como a do Orsay. A bailarina de Degas foi apresentada ao público durante a exposição dos impressionistas de 1881, em Paris. O trabalho foi durante criticado.

Degas foi acusado de representar uma menina com traços bárbaros, sugerindo a imagem de um macaco. A ousadia em misturar materiais – os cabelos da bailarina de cera original são de verdade, assim como o tecido da sua saia e fita de cabelo – também renderam considerações, apesar de Degas ter demonstrado estar à frente de sua época.

Marie Genevieve van Goethem, menina de origem humilde e aluna do Ópera de Paris, foi sua modelo. Sua carreira como bailarina não teria decolado sob a suspeita de prostituição.

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