Coluna de Julho, na Bastilha, marca momento turbulento

A história da França é marcada por momentos turbulentos, que podem ser desvendados por meio de monumentos por vezes emblemáticos. A Coluna de Julho é um desses monumentos.

Localizada em Paris, foi inaugurada 1840, em plena Praça da Bastilha, cenário onde ficava a antiga prisão que, 51 anos antes, serviu de estopim para a Revolução Francesa de 1789 pela derrubada dos reis.

A Coluna de Julho, no entanto, não é homenagem à Revolução Francesa, como seria possível pressupor, mas foi erguida para marcar outro momento histórico francês, quando a monarquia já havia retornado ao poder, a chamada Revolução de Julho de 1830 ou Três Gloriosas, por ter ocorrido nos dias 27, 28 e 29 de julho de 1830.

Nesse período, de protestos e mortes nas ruas, a burguesia francesa trocou o rei Carlos X pelo rei Louis Philippe, este mais alinhado aos interesses liberais e sob controle de uma constituição.

Dezoito anos depois, em 1848, quando Louis Philippe, o último rei da França, foi forçado a deixar o poder, para que se iniciasse a segunda República Francesa, seu trono foi queimado ao pé da Coluna de Julho que ele mesmo idealizou.

Nesse monumento, cuja visita interna só estará liberada em 2020, com o fim de sua restauração, estão depositados restos mortais dos franceses mortos tanto na ascensão quanto na queda de Louis Philippe. No topo da coluna, a escultura masculina dourada, em bronze, representa a liberdade.