Uma, dentre 37 pontes parisienses cheias de história. A Pont Neuf, Ponte Nova traduzindo para o português, é a ponte mais antiga de Paris. Era nova em 1607, quando foi inaugurada, por ser a primeira ponte que fugiu do padrão de pontes construídas durante a Idade Média.

De pedra, sem cobertura, com calçadas laterais para pedestres, a Pont Neuf não acolheu casas, como era comum na época, mas foi pensada para ligar uma margem à outra do Rio Sena, passando por uma das pontas da Île de la Cité, onde nasceu Paris.

É, atualmente, um dos cartões postais da capital francesa, reconhecida pela sua plasticidade arquitetônica, pelas 385 máscaras de concreto representando cabeças de divindades campestres da mitologia greco-romana e pela estátua equestre de Henrique IV, o rei da época.

O local onde está instalada a ponte foi, antes da sua construção, palco de tragédias. Duas placas, afixadas na sua base e visitadas por turistas, indicam isso.

Foi ali que o último grão-mestre dos Templários, Jacques de Molay, foi queimado em 1314. Os Templários eram uma ordem militar e religiosa de cavalaria, fundada na Primeira Cruzada de 1096, apoiada pela Igreja Católica com o propósito original de proteger os cristãos que voltaram a fazer a peregrinação a Jerusalém após a sua conquista.

Com o tempo, a influência dos templários incomodou a realeza francesa que reprimiu o movimento.

A outra placa, esta instalada recentemente, faz referência ao Massacre de São Bartolomeu, ocorrido em 1572, um conflito religioso entre católicos e protestantes. Os reis franceses, que eram católicos, mandaram executar lideranças protestantes.

A matança, descrita nos livros de história, começou em 24 de agosto, Dia de São Bartolomeu. A homenagem aos protestantes, em plena Pont Neuf, se deve à sua proximidade ao Rio Sena, onde, de acordo com relatos da época, eram jogados os corpos.

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