Coluna de Médici, vestígio intacto da Paris dos anos 1500

A Coluna de Médici volta a ficar visível em Paris, depois de meses ‘escondida’ em meio ao gigante canteiro de obras que transforma a Bolsa do Comércio em museu de arte contemporânea até meados de junho de 2020.

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Vestígio de uma antiga residência real, demolida no século 18 e à qual estava interligada, essa coluna em estilo dórico, no Quartier des Halles, centro da capital francesa, foi erguida em 1574 pelo arquiteto Jean Bullant, a pedido da italiana Catarina de Médici, rainha consorte da França.

Inspirada na Coluna de Trajano, do ano 113 depois de Cristo, tem 31 metros de altura, três metros de largura e é oca. Contém no seu interior uma escada giratória com 147 degraus que levam ao seu topo. É monumento histórico francês desde 1862.

É a primeira coluna isolada construída em Paris. Sua função não está bem esclarecida e é cercada de folclore. Teria servido de ponto de observação astrológica para prever o futuro da supersticiosa rainha, assim como monumento para reafirmar poder.

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A Coluna de Médici contém símbolos, como decoração. Espelhos trincados, lagos de amor rompidos, monogramas com as letras C e H e flores de lis, marcas de Catarina de Médici, de Henrique II e da realeza francesa.