Está ou vem para Paris até fevereiro? Oportunidade única, de conferir – e não necessariamente comparar – o legado de dois artistas de peso com forte atuação nos séculos 15, 16 e 17, cada um à sua época.
Se a retrospectiva de Leonardo da Vinci (1452-1519), no Museu do Louvre, é um sucesso de crítica e de público, a dedicada à obra de El Greco, no Grand Palais, não deixa nada a desejar. É igualmente surpreendente e até comovente.
Doménikos Theotokópoulos (1541-1614), mais conhecido como El Greco, foi um pintor, escultor e arquiteto grego que desenvolveu a maior parte da sua carreira na Espanha. Formado pela tradição bizantina de pintores, mas em ‘diálogo’ com a arte ocidental, ele planejava suas obras e as assinava com o nome original, ressaltando sua origem.
Na retrospectiva do Grand Palais, estão reunidas 75 obras do artista, por vezes tido como louco, místico e herege, mas, ao longo dos séculos, reconhecido como um dos mestres do Renascimento. Era da Grécia, produziu na Itália, mas fez sucesso mesmo na Espanha.
Dono de um estilo dramático e expressivo, El Greco é considerado um profeto da modernidade nas artes. O artista, que viveu na mesma época que Michelangelo e Caravaggio, deu à igreja católica novas imagens para fazer frente à iconoclastia protestante, explica a curadoria da exposição que segue até 10 de fevereiro.
El Greco reinventou imagens e estilos. Neste post, o melhor de El Greco, nessa grande homenagem que recebe em Paris.