O recorde foi batido e “Tutankamon, o tesouro do faraó”, que segue até 22 de setembro no Grande Halle de la Villette, tornou-se a exposição mais visitada já realizada em Paris.

O anúncio da venda de 1.371.476 de ingressos, desde março até o momento, foi feito nesta terça-feira pelos organizadores da exposição à imprensa francesa.

“Tutankamon, o tesouro do faraó” superou a marca histórica de 1,2 milhão de visitantes da exposição de 1967, “Tutankamon e seu tempo”, no Petit Palais, também sobre o faraó egípcio.

Sucesso de crítica e de público, a exposição em La Villette reúne objetos da tumba real do faraó descoberta há 100 anos pelo arqueólogo britânico Howard Carter, no Vale dos Reis. São 150 objetos, dos quais 50 estão pela primeira vez fora do Egito.

Depois de Paris, o tesouro funerário de 3 mil anos seguirá para Londres, onde será exposto na Saatchi Gallery, de novembro deste ano até maio de 2020.

Tutankamon foi o faraó da décima oitava dinastia egípcia. Sua história é marcada por mistério, razão pela qual exposições como essa despertam tanta curiosidade do público. O Rei Tut, como ficou conhecido entre os ingleses, teria governado nove anos, e, inesperadamente, morrido aos 18 anos. O reinado teria sido entre 1336-1326 antes de Cristo.

Várias hipóteses tentam explicar as razões da sua morte prematura. A teoria de assassinato está descartada. A mais aceita, formulada em 2009, com base na análise de DNA de Tutankamon, revela como causa uma infecção decorrente de um ferimento na perna e agravada por malária.

A descoberta de sua tumba, quase intacta, depois de anos de escavações, fez aumentar a notoriedade do faraó. Na escala parisiense, a estátua “O deus Amon protege Tutankamon”, propriedade do Museu do Louvre, se juntou à exposição.

Em 1967, foram apresentados 32 artefatos do mobiliário funerário do faraó mais 13 outros objetos do Museu Egípcio do Cairo, dente os quais a máscara em ouro de Tutankamon, emprestados pelo Egito e dispostos em nove salas de exposição.