Maisons à colombages, mais conhecidas no Brasil como enxaimel, são aquelas construções com vigas de madeira à vista, revestidas de alvenaria.
Muito comuns na França, são herança da Idade Média e, por essas bandas, eram opção de moradia para camadas sociais menos abastadas, pela leveza e abundância de madeira e facilidade em sua execução.
Os castelos, palácios e mansões francesas dessa época eram feitos de pedra e exigiam mais recursos.
Em Paris, não há muitos exemplares de maisons à colombages, em bom estado de conservação, porém, dois deles merecem ser conhecidos. Estão nos números 11 e 13 da Rue François-Miron, no bairro Le Marais.
São do século 16, teriam suas origens no século 14, passando por adaptações desde então, devido aos riscos de acidentes para quem passa pela rua e de incêndios que esse tipo de construção oferece.
Durante um longo período, as vigas de madeira desses dois imóveis, poutres como chamam os franceses, ficaram escondidas até que, nos anos 1960, voltaram a ser vistas, após um fino processo de restauração.
Em cidades francesas menores, como Dijon, Provins, Rennes, Rouen, Chantilly, maisons à colombages são muito mais comuns e conferem um charme próprio, seja no ambiente urbano, seja no rural.
Em Dijon, integram-se às fontes e estátuas.
Em Provins, destacam-se pelos pignons, estruturas altas e triangulares de uma parede, entre os dois lados do telhado.
Em Rennes, estão no DNA da Bretanha.
Em Rouen, embelezam a praça mais famosa da cidade, onde Joana D’Arc foi morta na fogueira.
E em Chantilly, embelezam os jardins do château, reproduzindo um clima campestre para o entretenimento da nobreza.